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Equilíbrio e tempo: planejamento financeiro de longo prazo

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Por Michel Lerpinière, atuário da Mirador Atuarial

Nos últimos anos, discussões relacionadas à necessidade da formação de uma poupança de longo prazo vêm ganhando força não somente no Brasil, mas também em outras partes do mundo.

Especificamente em nosso país, questões referentes à proposta de reforma da previdência, tema muito debatido nos últimos anos, bem como o aumento da longevidade, fazem com que seja cada vez mais importante a disseminação de uma cultura previdenciária.

Para isso, é de suma importância que tenhamos em mente alguns conceitos que servem de apoio para que o indivíduo possa adquirir estabilidade financeira no longo prazo e, consequentemente, quando decidir se aposentar, possa, no mínimo, manter seu padrão de vida da fase laboral.

Sendo assim, podem-se destacar três estágios para a formação patrimonial de um indivíduo, conforme abaixo:

- A formação de uma “Reserva de Emergência”;

- Após a reserva supracitada, podemos pensar em alocar parte dos recursos em “Aposentadoria”;

- Na sequência, pode-se pensar em outros “Investimentos” (Renda Fixa, Ações, etc.).

Neste artigo, o foco será o item 2 acima descrito. Em relação a esse ponto, o primeiro passo seria definir quanto se pretende ganhar durante a fase de inatividade, estimando custos com saúde, alimentação, moradia, viagens/lazer, entre outros.

Com todas essas questões superadas, a disciplina passa a ser o fator essencial para conseguir formar o patrimônio necessário, sendo as três principais variáveis nessa formação patrimonial de longo prazo o valor aplicado, a rentabilidade auferida e o tempo. Em seguida, veremos que o tempo pode ser considerado uma das variáveis mais importantes e, portanto, não é recomendado procrastinar o início dessa longa caminhada. Vejamos o exemplo abaixo:

Como se pode observar na simulação acima, João e Maria separam um valor mensal de sua renda para ser aplicado em um investimento que possui a mesma rentabilidade (0,8% ao mês) bem como tempo de “contribuição” (25 anos), porém a quantia poupada e o momento em que ambos irão efetuar o saque do valor acumulado serão diferentes. João irá poupar mensalmente 33% a menos do que Maria, mas só irá efetivar o saque do valor acumulado 5 anos depois, período no qual seu valor acumulado será incrementado apenas pela rentabilidade mensal auferida.

Conclusão: mesmo poupando mensalmente 33% a menos do que Maria, durante os mesmos 25 anos, João irá acumular cerca de R$ 204 mil a mais apenas pelo fato de efetuar o saque 5 anos depois, o que demonstra o quão importante é a variável tempo nesse processo. Sendo assim, não deixe para depois!

Como já havia mencionado, questões relacionadas à educação financeira e previdenciária devem ser cada vez mais colocadas em discussão, principalmente para a chamada Geração Z, ou seja, aqueles nascidos entre o final da década de 1990 até 2010, que estão cada vez mais propícios a não pensarem em sua aposentadoria, mas apenas se preocuparem em “viver o presente”.

Por todas as questões acima descritas, a chave seria a busca pelo Equilíbrio, ou seja, não é necessário abrir mão do presente em detrimento de um futuro melhor. Entretanto, deve-se buscar uma situação na qual seja possível “aproveitar” o presente sem deixar de lado o planejamento futuro!

E, nesse texto, o objetivo foi demonstrar que, quanto antes se começa a poupar, menor será o esforço e maior será o resultado. Pense nisso!

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